E.E.F.M. Padre Luís Filgueiras

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Infográficos na Sala de Aula

Infográficos na Sala de Aula, você já usou? Reinventar-se diariamente é um desafio para qualquer Educador! Mas como atrair a atenção dos jovens? A saída é aprender a “falar a linguagem deles”! Mas que linguagem é esta?
Se você reparar, verá que os jovens estão constantemente interagindo com vídeos, animações, games, infográficos e um sem número de objetos digitais que circulam pela internet. E por que não utilizá-los, trazê-los para a sala de aula para que os mesmos possam enriquecer e aprofundar o aprendizado de todos os alunos?

Infelizmente, estávamos tão condicionados a enxergar giz e quadro negro como os únicos “instrumentos” pedagógicos que não treinamos nossos olhos, ouvidos, enfim, nossos sentidos para explorar a nossa volta um sem número de coisas que, seguramente, mostram-se como valiosas ferramentas pedagógicas e que ainda não estamos considerando como tais.

O infográfico na sala de aula é uma delas.
Antes de abordar a validade do infográfico na sala de aula, vamos explorar primeiramente o que é um infográfico.
Algumas definições do termo infográfico vem do inglês informational graphics. Essa terminologia passou a ser usada, recentemente, na designação de representações gráfico-visuais que relatam algum evento ou processo.

É uma forma de representar informações técnicas como números, mecanismos e/ou estatísticas, que devem ser, sobretudo, atrativos e transmitidos ao leitor em pouco tempo e espaço. Normalmente utilizado em cadernos de Saúde ou Ciência e Tecnologia, em que dados técnicos estão mais presentes, o infográfico vem atender a uma nova geração de leitores, que é predominantemente visual e quer entender tudo de forma prática e rápida. Segundo pesquisas, a primeira coisa que se lê num jornal são os títulos, seguidos pelos infográficos, que, muitas vezes, são a única coisa consultada na matéria. (CAIXETA, 2005, p. 1).

Módolo & Gouveia Junior (2007) defendem que um infográfico não deve ser considerado apenas um conjunto de tabelas, cores, desenhos e/ou fotos com o intuito de deixar a informação mais bonita, mas sim como um instrumento que visa a facilitar a compreensão da informação e oferecer uma noção mais rápida e clara dos sujeitos, do tempo e do espaço dessa informação.

Geralmente, o infográfico é empregado para veicular informações que exigem mais detalhamentos. Logo, os infográficos valorizam o texto escrito, contextualizam a informação para o leitor, colaboram para a melhor compreensão do conteúdo ao unir a linguagem visual à verbal.

Ou seja, o infográfico favorece a aprendizagem porque combina texto e imagem facilitando o entendimento do conteúdo, tornando a compreensão mais dinâmica e ágil. Veja abaixo como os infográficos na sala de aula podem contribuir para o aprendizado dos alunos conforme BOTTENTUIT JUNIOR; LISBOA; COUTINHO, 2011, p-9-10)

Os alunos podem acompanhar passo a passo um processo, fato ou acontecimento histórico:
- A riqueza de imagens e esquemas facilita a memorização por parte dos alunos;
- Possibilita a alfabetização visual visto que muitas das vezes os alunos observam a imagem de maneira geral sem perceber aspectos importantes que só são perceptíveis com uma maior atenção a determinadas áreas de um infográfico;
- O aluno tem um maior controle sobre o recurso visual e a sua aprendizagem, pois poderá explorar e revisar quantas vezes desejar cada fase do processo apresentado no infográfico;
- O infográfico poderá constituir-se num poderoso atrativo para veiculação da informação em ambientes e plataformas de ensino e aprendizagem;
- As imagens chamam a atenção dos alunos e o processo de observação dos infográficos poderá desenvolver as habilidades cognitivas de interpretação, análise e síntese;
- Os alunos recordam mais facilmente imagens e pequenos fragmentos de textos face à grande quantidade de textos sem o uso de esquemas ou imagens;
- O aluno através do infográfico poderá realizar uma navegação não linear sobre o conteúdo e desta forma realizar novas descobertas;
- O professor poderá combinar recursos multimídia durante as suas aulas com o intuito de melhorar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos;
- Permitem a visualização de processos muito lentos (Ex. o desabrochar de uma flor) ou muito rápidos (Ex.: a transmissão do som);
- O aluno poderá manipular o infográfico inúmeras vezes até que consiga realizar a compreensão completa do processo;
- O aluno poderá utilizar o infográfico como uma fonte de informação, um recurso didático, um recurso para exploração visual e ainda para resolução de problemas ou questões elaboradas pelo professor.

Passo a Passo do Infográfico:
1. Mensagem: Planeje contar uma história, se utilizando tanto de gráficos como de estatísticas para ilustrá-la;
2. Dados: organize dados que apoiem sua mensagem tais como informações contidas em revistas, jornais, periódicos etc.;
3. Organize os dados e faça um fluxograma, ou seja, desenhe um rascunho bruto de como você gostaria de separar os seus dados e as imagens e gráficos, de modo que sintetize a mensagem que deseja passar;
4. Escolha uma ferramenta online para dar vida ao seu infográfico. Segue abaixo 3 ferramentas que separei para você, porém todas são em inglês:
Na internet você encontra infográficos sobre os mais diversos assuntos, inclusive infográficos prontos para a sala de aula que você poderá utilizar, conforme o conteúdo que estiver trabalhando.

Além do mais a partir do momento que você começar a utilizar os infográficos na sala de aula, seus alunos também poderão utilizá-los como ferramenta para registrar as lições que estão aprendendo.
Assim, aqueles alunos que não são muito propensos a escrever longos textos ou fazer resumos, pode sintetizar o que está aprendendo utilizando infográficos.

Roseli Brito
Pedagoga - Psicopedagoga - Neuroeducadora e Coach SOS

BIBLIOGRAFIA
BOTTENTUIT JUNIOR, João Batista; LISBOA, Eliana Santana; COUTINHO, Clara Pereira. O infográfico e suas potencialidades educacionais. In: Encontro Nacional de Hipertexto e Tecnologias Educacionais, 4, 2011, Sorocaba. Anais. Sorocaba: Universidade de Sorocaba, 2011.
CAIRO, Alberto. Infografia 2.0 – visualización interactiva de información em prensa. Madrid: Alamut, 2008.
CAIXETA, Rodrigo. A arte de informar. (Associação Brasileira de Imprensa). Disponível em: www.abi.org.br/paginaindividual.asp?id=556. Acesso em: 20 de abril de 2012.

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